Ensino presencial na UFRGS: professores querem retorno com segurança sanitária

O vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, professor Darci Campani, participou nesta quarta-feira, 10, do programa Bom Dia, Democracia da Rede Estação Democracia, onde falou sobre a volta às aulas na UFRGS e os protocolos de segurança sanitária.

De acordo com o vice-presidente, há o maior interesse em retornar às atividades presenciais, desde que seja seguro para todos. “Queremos voltar o mais rapidamente possível, pois as aulas presenciais garantem a qualidade de ensino, mas com condições sanitárias”, explicou o sindicalista, que afirmou não terem sido feitos investimentos, por parte da universidade para garantir essa segurança. “A universidade economizou em luz e água durante a pandemia, enquanto os professores passaram a arcar com esses custos em suas casas, mas não houve investimento”, disse Campani.

O professor Campani lembrou durante a entrevista que, ao contrário do que alguns pensam, a universidade nunca parou. “Nunca trabalhamos tanto quanto durante esse período de ensino remoto, o que está voltando agora é a atividade presencial”, destacou. 

O sindicalista acrescentou que professores e alunos precisaram se adaptar às questões tecnológicas e agora precisam se readequar. “Com o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], não temos mais alunos apenas de Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Passamos a ter estudantes de todo o país, que agora vão ter de se reorganizar, pois não tiveram condições de se manter aqui e voltaram para seus estados de origem durante o ensino à distância”, exemplificou.

Ainda conforme o professor, é preciso acompanhar os dados relativos à pandemia, que já apresenta a possibilidade de uma quarta onda na Europa, pois “não há epidemiologista que possa dizer com segurança que não há mais riscos”, e seguir a recomendação de adoção do passaporte vacinal. “Precisamos ter um protocolo único na universidade e não diferentes protocolos entre as unidades”, disse o professor, que também falou sobre a necessidade de garantir que o estudante que fez as vacinas não será submetido à presença de outro que não fez.

Assista o vídeo completo da entrevista.